“O presbítero ao amado Gaio, a quem, na verdade,
eu amo” (3 João 1.1).
O presbítero João escreve essa carta a Gaio,
chamando-o de amado – e o faz com sinceridade,
amando-o verdadeiramente. É dessa forma que
também devemos servir a Deus e amar os nossos
irmãos, pois, do contrário, no fim, teremos de dar
conta pela nossa falta de amor.
João foi um dos mais importantes discípulos
do Senhor. Esse filho do trovão (Marcos 3.17)
teve o prazer de ser o mais íntimo do Mestre,
a ponto de reclinar-se no seio dEle (João 13.23),
mas, por ser servo do Altíssimo, intitulava-se o
presbítero. Sem dúvida, ele era um apóstolo de
verdade, porém, como não viveu em nossos dias,
esse tratamento tão cobiçado por muitos não lhe
passou pela cabeça. Com isso, entendemos que
não temos de fazer valer o que somos, pois o
próprio Deus é quem Se encarrega disso por nós.
Quem, afinal, era o amado Gaio? Ora, era um irmão
em Cristo. João aprendeu com Jesus que o
tratamento que os Céus nos dispensam é pessoal. Apesar de,
no Corpo de Cristo, haver milhões de outros iguais a nós,
o Pai Se relaciona conosco e Se refere a nós como indivíduos.
De fato, a nossa chamada é particular, o nosso ministério é único
, e a atenção que o Altíssimo nos concede também é
individualizada. Cada um de nós tem uma importância
enorme aos olhos do Onipotente, que nunca está ocupado
a ponto de não nos atender individualmente.
João foi testemunha ocular dos ensinamentos de Jesus.
Ele sabia que o novo mandamento trazido pelo Mestre era
o seguinte: Que vos ameis uns aos outros
(João 13.34). No entanto, esse sentimento não
podia ser interesseiro nem pecaminoso; ao contrário, tinha d
e ser do mesmo tipo do que devemos ter para com Deus:
o verdadeiro amor. Quantos irmãos não teriam perdido
a comunhão com o Senhor se não tivessem deixado Satanás
entrar no amor de verdade que deveriam ter pelas irmãs?
Ora, quando amamos verdadeiramente qualquer pessoa, sem
qualquer interesse, estamos servindo ao Senhor de fato. Então,
meu irmão, como você tem demonstrado seu amor aos
demais membros do Corpo de Cristo? Tem respeitado cada um
deles como servos do Altíssimo ou aguardado o momento para
que algo errado aconteça entre vocês?
É importante lembrar que, no dia do Juízo final, prestaremos
conta tanto do amor com relação aos membros da Igreja do
Senhor quanto da falta desse sentimento por eles. Portanto,
se você diz que ama um irmão, mas isso não é verdadeiro,
cuidado com o fingimento! Não demonstre amor só para
“sugar” algo do seu irmão. Veja se, realmente, você o ama ou
se demonstra isso com o objetivo de, por exemplo, ser c
onvidado para festas e refeições na casa dele. Quem ama de
verdade não age desonestamente.
Quando obedecemos ao mandamento divino, queremos o melhor
para os demais irmãos em Cristo, e os perdidos são impactados com
a mensagem silenciosa que esse nosso ato lhes transmite. Mas
o contrário também é verdadeiro: os que ainda não aceitaram Jesus
também se afastarão dEle se virem falsidade em nosso
ato de amar. Nesse ponto, reside um perigo enorme: seremos
responsabilizados pela perda dessas vidas! Meu irmão, que o
seu amor a Deus e ao próximo seja sempre verdadeiro.
Em Cristo, com amor